Boa noite leitores,
Vejo que a grande maioria das pessoas não utilizam mais temperos naturais como antigamente. Pela correria do dia a dia moderno, o alho, a cebola, o cheiro verde, entre outros foram esquecidos e trocados pelos famosos temperos instantâneos, aqueles pós com a cor super forte e cheios de sódio e conservantes, que fazem um mal danado à saúde, sabem?! Mas tenho certeza de que você vai mudar de ideia se souber dos tantos nutrientes que os temperos naturais possuem, hoje falarei um pouco da cebola, e da diferença entre seu tipo amarelo (mais comum) e roxo.
A cebola, é uma das hortaliças mais conhecidas e consumidas no mundo, e aqui no Brasil é a terceira mais cultivada. Mesmo sendo versátil em termos culinários, ela ainda tem pela frente um grande desafio para aumentar seu consumo, principalmente a cebola roxa, que por isso ainda é mais cara do que o tipo amarelo (o mais comum) e assim menos consumida.
Em geral, todos os tipos de cebola possuem um poder preventivo e curativo de diversas doenças crônico degenerativas, e assim seu consumo deve ser incentivado. Ela é rica em dois grupos de nutrientes: os flavonóides e seus dois subgrupos (a antocianina – que transmitem a cor roxa, da cebola roxa no caso, e a quercetina – presente nos dois tipos de cebola mostradas nesta matéria); e a cisteína-sulfóxido, precursora do sabor e do odor característicos da cebola.
Os flavonóides são considerados antioxidantes por suas propriedades sequestrantes de radicais livres, protegendo assim os tecidos e sendo importantes auxiliadores na prevenção e no tratamento de doenças cardiovasculares (com atividade angiogênica), no câncer e insuficiências renal e hepática, além de terem propriedades antiasmáticas. É recomendado uma alimentação rica em alimentos fontes de antioxidantes, principalmente para pacientes com as doenças citadas.
A melhor maneira de se consumir a cebola é crua (e sem lavar ou deixar de molho, no caso da cebola roxa), mas colocar nas preparações quentes também nos auxilia. Durante o processamento e o cozimento da cebola, o conteúdo de antocianinas pode decrescer em até 50%, por exemplo durante a lavagem com água devido à sua solubilidade ou a temperatura superior à ambiente (25°C). A degradação da quercetina se dá durante o armazenamento, por exemplo, se você guardar por alguns dias a cebola triturada, a quantidade deste nutriente será menor do que se fosse cortada no momento do preparo, porém ainda terá níveis elevados deste composto, assim nada é desculpa para não utilizarmos ok?!
Em comparação aos dois tipos de cebola analisados, amarelo e roxo, os estudos comprovaram que o tipo roxo apresenta maiores teores de quercetina e ainda elevada quantidade de antocianinas. Sendo assim, se puderem optar pela cebola do tipo roxo, os benefícios sentidos pela saúde serão enormes, mas se não, utilizar a cebola amarela (mais barata) também será excelente para o organismo.
Assim com estes tantos nutrientes presentes na cebola (dos dois tipos) é possível aliar o uso delas in natura e utilizar no dia a dia né?!
Espero que tenham gostado e aprendido mais, me escrevam com assuntos que querem que eu fale por aqui.
Até semana que vem!
Fonte: G. H. Wamser et al. Revista Ciência Agronômica, v. 45, n. 3, p. 573-580, jul-set, 2014/ SOUZA, Michele Moraes de et al . Estudo das condições de extração de compostos fenólicos de cebola (Allium cepa L.). Rev. Inst. Adolfo Lutz (Impr.), São Paulo, v. 68, n. 2, 2009/ Farmácia & Ciência, v.3, p34-45, abr/jul. 2012/ Alim. Nutr., Araraquara, v. 15, n. 3, p. 285-292, 2004/ R. Bras. Agrociência, Pelotas, v.13, n.3, p. 291-297, jul-set, 2007
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